ela é uma mina
se não tem ouro
tem minha sina
as ferramentas não têm metal
os utensílios não servem madeira
as palavras acordam de madrugada
para fazer sentido
sem eira nem beira
neste lugar que não existe
algo resiste
inutilmente
como um cartaz colado numa
parede sem reboco
que já ruiu
vazios são regados diariamente
para
crescerem fortes, saudáveis e
infinitos
todo o rastro e resto está aqui neste
depósito
o vício de seviciar palavras usa
e abusa da rima
e de tudo mais que quiser
penetrar para incorporar
a única regra é não ter razão
- ter imaginação
visite minha oficina
mergulhada no minério do nada
emergindo na loucura da superfície
ela quer desparecer aos seus
olhos
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