Os poetas saem às ruas de vez quando
Para lavar o chão de liberdade
Raspando toda a sujeira para os ralos
E por que os poetas estão nas ruas
Estão atrás deles todos os outros
Dos reles aos vis
Eles só não morrem de inveja dos poetas
Porque morrem de dor e de tristeza
Os poetas simplesmente dizem
O que não é possível ler
Para lavar o chão de liberdade
Raspando toda a sujeira para os ralos
E por que os poetas estão nas ruas
Estão atrás deles todos os outros
Dos reles aos vis
Eles só não morrem de inveja dos poetas
Porque morrem de dor e de tristeza
Os poetas simplesmente dizem
O que não é possível ler
Os poetas simplesmente mostram
O que ninguém via
O que ninguém via
Os poetas simplesmente caminham
E isso os incomoda
Saiam da frente
Os poetas estão nas ruas de novo
E isso os incomoda
Saiam da frente
Os poetas estão nas ruas de novo
E eles instituem
Todo poder emana das ruas
avenidas
travessas
praças
vielas
alamedas
largos
ladeiras
morros
e becos
(até então)
sem saída
Todo poder é poesia
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